No mesmo período, pelo menos 210 hashtags ofensivas ao jornalismo e à mídia em geral foram utilizadas. A hashtag #GloboLixo já foi citada cerca de 400 mil vezes, seguida de #cnnlixo. Entre os jornalistas mais atacados estão Miriam Leitão, Andréia Sadi, Eliane Cantanhêde, Ricardo Noblat, Reinaldo Azevedo e Vera Magalhães, que já recebia muitas postagens violentas antes de se transformar em alvo prioritário dos apoiadores do presidente depois do debate entre candidatos na Band, realizado em 28 de agosto.
Muito se escreve, se fala, se proclama sobre o fim do jornalismo e dos jornalistas. Ora, ora, devagar com o andor. No século passado foram muitas às crises que afetaram jornalistas e jornalismo no Brasil desde a criação da profissão, por decreto no início dos anos 40, pelo presidente Getúlio Vargas.
Jornalismo brasileiro – Opiniao
Entre os exemplos citados no livro, entre tantos outros, destaca-se a eleição de Jair Bolsonaro no Brasil, quando comunicadores a serviço do candidato brasileiro compraram milhares de números de telefones para bombardear os eleitores com mensagens e fake News via watssApp.
Jornalista, pós-doutorada em ciências da comunicação, professora colaboradora do grupo de pesquisa Estética e Vanguarda (ECA-USP), integrante do grupo de pesquisa Teorias e práticas feministas (Unicamp/Usp), conselheira de honra do grupo Reinventando a educação. Autora de diversos livros, entre eles: Espelho infiel: o negro no jornalismo brasileiro (2004), Mídia e racismo (2012) e Esboços de um tempo presente (2016).
Ainda assim, não temos como deixar de colocar na fatura do jornalismo a responsabilidade por alimentar, em muitos casos, essas vozes sem a elas contrapor informação qualificada, trabalhado apurado de investigação, checagem de fontes, chancelando assim uma prática que de jornalística não tem nada.
Rosane BorgesJornalista, pós-doutorada em ciências da comunicação, professora colaboradora do grupo de pesquisa Estética e Vanguarda (ECA-USP), integrante do grupo de pesquisa Teorias e práticas feministas (Unicamp/Usp), conselheira de honra do grupo Reinventando a educação. Autora de diversos livros, entre eles: Espelho infiel: o negro no jornalismo brasileiro (2004), Mídia e racismo (2012) e Esboços de um tempo presente (2016).
A ética jornalística é o conjunto de normas e procedimentos éticos que regem a atividade do jornalismo. Ela se refere à conduta desejável esperada do profissional. Portanto, não deve ser confundida com a deontologia jornalística ligada à deôntica. A deontologia se refere a uma série de obrigações e deveres que regem a profissão. Embora geralmente não institucionalizadas pelo Estado, as normas da ética jornalística são consolidadas em códigos de ética que variam de acordo com cada país.
Atualmente, o jornalismo oscila entre a imagem romântica de árbitro social e porta-voz da opinião pública e a de empresa comercial sem escrúpulos que recorre a qualquer meio para chamar a atenção e multiplicar suas vendas, sobretudo com a intromissão em vidas privadas e a dimensão exagerada concedida a notícias escandalosas e policiais.
Jornalismo é também definido como "a técnica de transmissão de informações a um público cujos componentes não são antecipadamente conhecidos". Este particular diferencia o jornalismo das demais formas de comunicação. Atualmente, o termo "jornalismo" faz referência a todas as formas de comunicação pública de notícias e seus comentários e interpretações.
Cabe, ao jornalista, pesar seus atos e as consequências deles. O que seria mais importante? Salvar as pessoas ou seus empregos? A revelação de casos como esse recaem no chamado jornalismo cívico, que pretende estreitar a relação entre os profissionais e as comunidades a que servem, tendo-as como prioridade. Mas temos que concordar que vale mais a vida do que o emprego em si,que não compra a mesma.Devemos zelar pela vida e se importar com as pessoas.
Para a emissora pública de rádio e televisão do Reino Unido, BBC, o conceito de imparcialidade está diretamente relacionado com a busca de uma pluralidade de fontes para a construção do texto jornalístico, de modo que nenhuma corrente de pensamento seja mal representada. Ou seja, essa imparcialidade não significa a esterilização do jornalismo ou mesmo a retirada do debate público de motivações políticas, mas sim o compromisso com a diversidade e o equilíbrio dos pontos de vista dentro da matéria. Não se trata apenas de convidar muitas pessoas para falarem sobre um assunto, mas de escutar sujeitos com diferentes perspectivas acerca das temáticas.[1]
Uma função do jornalismo nos regimes democráticos é fiscalizar os poderes públicos e privados e assegurar a transparência das relações políticas, econômicas e sociais. Por isto, a imprensa e a mídia são, às vezes, cognominadas de Quarto Poder (em seguida aos poderes constitucionalmente estabelecidos: Executivo, Legislativo e Judiciário).
O Código de Ética dos Jornalistas brasileiros está em vigor desde 1987, depois de aprovado no Congresso Nacional dos Jornalistas. Segundo a Federação Nacional dos Jornalistas (FENAJ), o documento "fixa as normas a que deverá subordinar-se a atuação do profissional, nas suas relações com a comunidade, com as fontes de informação, e entre jornalistas". As punições previstas incluem desde advertência até expulsão do sindicato respectivo.
Um caso notório de erro jornalístico no Brasil foi o da Escola Base, no qual vários órgãos de imprensa publicaram acusações de que um casal de pedagogos numa escola em São Paulo estariam praticando abuso sexual com seus alunos. Mais tarde, as acusações se provaram infundadas e a justiça determinou que os caluniados fossem indenizados. O episódio das crianças de pré-escola situada no bairro da Aclimação, em São Paulo, foi praticamente esgotado no livro "Caso Escola Base - Os abusos da imprensa", do então graduando em jornalismo, Alexander Augusto Ribeiro, conhecido por Alex Ribeiro. O então bacharelando pesquisou sobre o assunto - teve facilidades, porque era oficial de justiça do Foro Criminal de São Paulo - para elaborar trabalho de conclusão de curso. O então diretor da Escola de Comunicações e Artes da Universidade de São Paulo, Jair Borin, já falecido, afirmou que o aluno havia escrito um livro sobre ética da profissão, ao invés de mero trabalho de conclusão de curso. Publicado, se tornou referência em ética jornalística, propiciando, ao autor, o Prêmio Jabuti. Hoje, a obra se encontra esgotada, e o autor é correspondente em Washington, D.C. de um grande jornal brasileiro de economia.
TEMER, A. C. R. P. Gêneros jornalísticos e a análise de conteúdo: um aporte brasileiro. In: 40º Congresso Brasileiro de Ciências da Comunicação, Curitiba, 2017. Anais do 40º Congresso Brasileiro de Ciências da Comunicação. São Paulo: Intercom, 2017.
O jornalismo é essencial para fornecer informações de qualidade às pessoas. Promover um futuro sustentável para o ecossistema de notícias deve ser um objetivo de todos e uma responsabilidade compartilhada. Por isso, o Google já paga para licenciar conteúdo jornalístico e valoriza o trabalho realizado pelos profissionais de imprensa. Agora, é importante que haja um debate mais amplo, profundo e baseado em fatos sobre as melhores maneiras de atingir este objetivo.
Hoje, o Congresso Nacional busca formas de lidar com notícias falsas e enfrentar a desinformação. Infelizmente, porém, como se apresenta atualmente, o Projeto de Lei 2.630/2020, que ficou conhecido como PL das Fake News, pode acabar promovendo mais notícias falsas no Brasil, e não menos. O texto também resultaria em uma péssima experiência para os brasileiros buscando informações em mecanismos de pesquisa na internet.
Um caminho possívelA capacidade de enviar e receber informações de modo livre é fundamental para o modo como a web funciona. Se o projeto avançar e se tornar lei, esse princípio pode ficar profundamente comprometido, assim como a experiência dos brasileiros que buscam informações úteis e confiáveis no Google todos os dias.
Não precisa ser assim. Principalmente, quando há um caminho a seguir que nos permite apoiar o jornalismo brasileiro e entregar resultados melhores para as milhões de pessoas e empresas em todo o país que usam a internet e os nossos produtos todos os dias.
Precisamos debater o PL 2.630 com mais profundidade. Organizações jornalísticas, sociedade civil e empresas de tecnologia podem trabalhar com o Congresso Nacional em busca de uma solução que efetivamente contribua com o fortalecimento do jornalismo no país, sem prejudicar a capacidade do brasileiro de encontrar informação na web ou criar obrigações que podem ajudar a financiar sites produtores de notícias falsas. O jornalismo é essencial e estamos comprometidos em continuar encontrando novas formas de apoiar a produção de notícias e combater a desinformação no Brasil.
Viajar é uma ótima forma de tentar entender o mundo, mas está longe de ser a única e jamais será suficiente. Afinal, obviamente é impossível estar em todos os lugares ao mesmo tempo, ouvir toda a pluralidade de vozes que compõe nosso planeta e mergulhar a fundo nas questões mais complexas da sociedade. Entre outras coisas, é importante recorrer ao bom e velho jornalismo, essa profissão que orgulhosamente escolhi. E especialmente, diria, ao jornalismo independente.
Não posso te obrigar a seguir os passos dois e três dessa minha receitinha médica pela sobrevivência do jornalismo independente, mas posso facilitar o primeiro. Acompanho alguns veículos bem legais há tempos e conheci outros quando pesquisava pra esse post. Como resultado, juntei aqui uma lista de sites que vale a pena conferir.
E, considerando que sempre existe um posicionamento, escolho dar espaço a veículos que se posicionam do lado dos direitos humanos e buscam dar voz às minorias sociais, que costumam ser silenciadas pelo mainstream. A voz de quem mais detém poder econômico, por outro lado, sempre teve bastante espaço nos veículos de comunicação brasileiros, então não é isso que você vai encontrar aqui. Se está procurando veículos de extrema direita, fique à vontade para conferir outros sites. 2ff7e9595c
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